segunda-feira, 30 de junho de 2008

Doce


O doce não seria tão doce se não fosse o amargo,
O velho homem diante da mais pura juventude
Ao ver uma criança.
A angustia de uns tendo na memória a felicidade
Da esperança.

O campo onde um dia tinha flores.

O doce não é tão doce.
A mulher cara a cara com a vaidade da linda ninfa
Dos olhos azuis.
Os dias de lutas esquecidos pelo progresso desenfreado.

As margens cada vez mais longe.

O doce que se julga tão doce – penso eu.
Tão puro quanto a juventude
Não se queixa,
Não se julga.
Esquece.

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