Me desnudo toda vez que canto,
assim como lhe queimo
Quando me visto de fogo.
Palavras que saem da minha boca
que por vezes não compreendo,
Mas as sinto como se estivessem
cravadas em meu coração.
Certos dos caminhos traçados, mas
incógnito na divindade do ser,
Ser ou não ser não me basta,
Não me basta o que te limita e
não me importo.
Inquietudes me tomam a alma e me
conforta no desejo de viver,
No existir, no meu cantar.
Me desnudo quando sinto teu
corpo, quando me faço poeta,
Quando sinto o infinito.
E queimo todas as incertezas de
quem me apavora, de quem se faz
De forte e não sentem a leveza de
ser o que os eleva.
Me desnudo quando sinto sede e me
faço sede dos seus olhos.
São caminhos, paixões e humor
Rumores de dias melhores.