terça-feira, 20 de outubro de 2015

Pegadas na areia


















Pegadas na areia foi o que quis deixar,
Nada eterno, só caminhar na borda
Do mundo
Sentir que a lua é a mesma e que sempre nos
Impressionamos com ela.
Surge como fogo em meados da noite.
Pegadas na areia são lembranças ou dejavu
De uma mente esquecida, não se  lembra
Que o mundo é mal
E que saber disso machuca.
Pegadas na areia...
Deixei sem memória.
Pegadas na areia...

As ondas apagaram.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Portal














O que o homem ver quando entra em seu próprio portal?
Verás o que deverias ver,
Como se fosse ver um mundo do jeito que nenhum
Homem deveria ver.
E você estará com você,
Sem limites ou rédeas,
Apenas o compasso do seu coração.
Explosões de amor, explosões de horror.
Mas serás um.
Um parêntese no tempo,

Ar de gloria e gratidão.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Rumores



















Me desnudo toda vez que canto, assim como lhe queimo
Quando me visto de fogo.
Palavras que saem da minha boca que por vezes não compreendo,
Mas as sinto como se estivessem cravadas em meu coração.
Certos dos caminhos traçados, mas incógnito na divindade do ser,
Ser ou não ser não me basta,
Não me basta o que te limita e não me importo.
Inquietudes me tomam a alma e me conforta no desejo de viver,
No existir, no meu cantar.
Me desnudo quando sinto teu corpo, quando me faço poeta,
Quando sinto o infinito.
E queimo todas as incertezas de quem me apavora, de quem se faz
De forte e não sentem a leveza de ser o que os eleva.
Me desnudo quando sinto sede e me faço sede dos seus olhos.
São caminhos, paixões e humor
Rumores de dias melhores.