quarta-feira, 12 de março de 2014

Rede sociais e eleições: seus perigos e contradições







Interessante o fato de existir uma plataforma onde possamos armazenar e divulgar nossas opiniões como as redes sociais. Lembra-nos a Ágora, praça existente na cidade de Atenas, na Grécia antiga, onde diariamente se reuniam os cidadãos para discutir assuntos de interesses comuns. As redes sociais nos dão hoje a oportunidade de expressarmos nossas inclinações artísticas, filosóficas, serve de álbum de fotografia, serve até de púlpito para aqueles que divulgam seus sentimentos, suas frustrações e paixões. Mas o que chama a atenção é a possibilidade de expressar nossas indignações no que diz respeito ao cumprimento de nossas atividades como cidadãos.
 Vemos tantas postagens contra políticos, partidos, organizações sociais,  até parece que somos uma sociedade que se interessa realmente por política, que os eleitores não são envolvidos em corrupção e o que acontece é mero fruto de uma administração política má efetuada e  se trocarmos de político resolveríamos nossas decepções democráticas. Mas será mesmo que trocando administrações, partidos, teríamos a solução para nossa democracia?  Seria melhor, apoiar uma estrutura política onde possamos usar como um pilar para almejarmos uma sociedade menos desigual e que possa agir de uma maneira mais pratica? Ou apoiar o bandeirismo, ou melhor, o partidarismo? Que não apresenta um dialogo coerente com a sociedade, o que vemos é troca de acusações. Planejamento, apresentação de ideias que possam melhorar nossas atuações democráticas ficam em segundo plano. Chegamos em 2014, um ano que vai ficar na história, não por ser ano de Copa, mas porque vamos passar por uma eleição onde o numero de usuário das redes sociais vem aumentando a cada dia . Em 2010, ano da ultima eleição presidencial, o numero de usuários das redes sociais era de 33, 7 milhões, em 2013, esse numero chegou a 46 milhões, o numero de usuários ativos de internet no Brasil é de 53,7 milhões, 86 % dos usuários de internet, utilizam as redes sociais, segundo dados da Netview, IBOPE Media.
Estamos numa época onde a informação ultrapassa fronteiras em segundos, e  esse fragmento vem a se preocupar: O cidadão brasileiro esta apto a receber essas informações virtuais e absorver de uma forma coerente onde possa analisar de maneira justa  para que possa tomar sua decisão na hora do voto? Devido a situação social do país, principalmente no que diz respeito a educação, no atual cenário que muitos opositores do governo vem criando, com um ideário de que a corrupção se instaurou no pais a dez anos, tentando esquecer  sua história de exclusão social, do clientelismo, do ranço do colonialismo que ainda impera no dia a dia, podemos ver como perigoso o uso dessas redes sociais possa vir a ser, mas por um lado,  se compreendermos que demanda tempo para alcançarmos uma sociedade mais justa, igualitária nas oportunidades  e se os políticos bem intencionados cumprirem seu dever e entender que político não é uma profissão voltada para o seu ego e sim um servidor publico, podemos sim, acreditar em dias melhores para no final celebrarmos nossa democracia.

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